Participantes

De Kátia Costa Artistas e Fotógrafos

Lisa Roos, Marisa, Grahl, Elizabete Rocha, Rodrigo Mello, Vitor Mesquita, Rodrigo DMart, Kin Viana, Waldemar Max, Felipe Gomez, Isabella Carnevalle, Marcelo Armani, Liane Strapazzon, Ana Bettini, Jandora Jakobson, Karine Perez, Adalberto Porto Alegre, Juliana Lima, Gustavo Razzera, Zezé Carneiro, Vinicius Vieira, Adriana Xaplin, Cristho Comunello, Silvia Giordani, Ana Cristina Winck, Júlia Berenstein, Camila Schenkel, Priscilla Zanini, Rodrigo Uriartt, Pedro Girardello, Maria Eunice Araújo, Abel Börba, Denis Nicola, Rogério Ribeiro, Fabriano Rocha, Rogério Livi, Silvia Livi, Gustavo Rigon, Regina Veiga, Tiago Coelho, Fernanda Chemale, André Luis Portal, Maristela Winck, Paula Biazus, Rafael Johann, Adriana Andricopulo, André Venzon, Alex Sevilla, Letícia Lau, Leonardo Fanzelau, Dirnei Prates, Nelton Pellenz, Letícia Lampert, Rochele Zandavalli, Cássio Maffazzioli, Luci Sgorla, Dânia Moreira, Lílian Gomes, Crisanto Pereira, Ana Chassot Ledur, Tereza Mello, Ingrid Noal, Yara Baungarten, Giana Kummer, Antônio Augusto Bueno, Adreson, Adriana Donato, Jacqueline Joner, Júlio Appel, Walter Karwatzki, Kátia Costa.

Projeto IN FOTO

O Projeto IN FOTO, idealizado pela artista visual e fotógrafa Kátia Costa, tem como objetivo mapear artistas que trabalham com a imagem em suas produções autorais. O trabalho tem como premissas a apropriação e a difusão; a primeira porque cada artista apropria-se da imagem do outro para constituir a sua; a segunda porque o trabalho propaga-se em uma rede de sentidos ultrapassando fronteiras para atingir novos lugares e públicos. A intenção da criadora é que ele migre “ad infinitum”. O projeto estabelece que cada artista, a partir da própria autora, faça uma fotografia com tema livre, dentro de determinadas regras e passe uma cópia para outro. O próximo artista deve incluí-la em sua foto e assim sucessivamente. Os elos da corrente expandem-se: uma imagem torna-se parte de outra até o possível desaparecimento (ou não), contudo, mesmo invisível, ela sempre será uma peça deste imenso quebra-cabeça em evolução. A situação construída por cada artista revela algo de si, de sua história, de um momento ou de um sonho. Sonho este que Kátia Costa leva ao limite: uma imagem dentro da outra em um fluxo incessante extrapolando os limites de espaço-tempo. Como diz Didi-Hubermann¹ : “(...) os tempos são trançados, feitos e desfeitos, contraditos e superdimensionados.” O tempo, aqui, estabelece uma visibilidade outra: expandida, espelhada. O artista cumpre o seu papel criando e recriando imagens, dando-lhes vida própria, ares de estranhamento ou de mistério; simplesmente registrando o efêmero, o passageiro ou um objeto do cotidiano, porém, uma única vez o registro de algo é feito e a sua repetição só se dá novamente ao se incorporar a uma nova fotografia. O projeto é instigante, tanto pela proposta coletiva inovadora que forma uma cadeia ou entrelaçamento, quanto pela possibilidade de infinitude que ele deve atingir.

Ana Zavadil

Crítica de Arte, Mestre em Artes Visuais pela UFSM.

¹DIDI-HUBERMANN, Georges. O que vemos o que nos olha. São Paulo. Ed.34, 1998. P. 146.



Quando a soma é (muito) maior do que as partes

1 + 1 = 2; 2 + 1 = 3; 3 + 2 = 5; 5 + 3 = 8...

Zero mais um igual a um; um mais um igual a dois; dois mais um igual a três; três mais dois igual a cinco; cinco mais dois igual a oito... continuum. A famosa espiral percebida na sequência de Fibonacci em que o número seguinte é a soma de seus antecessores (partindo de 0 e 1) e que em algum momento reaparece na proporção áurea intensamente utilizada também na arte torna fascinante o projeto INFOTO.

Poderia ser uma simples soma de imagens. Entretanto, as reconfigurações e interpretações, o sensível, aquilo que vemos e trazemos em nós, multiplicam as possibilidades. É também um flerte com a Teoria dos Jogos Dinâmicos em que o próximo jogador tem conhecimento da jogada do seu antecessor. Mas nesse caso não é apenas a soma resultado de(re) apropriações que criam novas sintaxes. São sinapses que se permitem transgredir uma dentro da outra.

Dentro e fora. Dentro fora e contra. Dentro fora e a favor. Não importa. Um convite para estar sem lugar, data e hora para sair.

Uma regra: reclamar a presença do diferente como possibilidade de realização renovada; e, várias exceções: continuidades infinitas.

Vitor Mesquita

Designer Gráfico